Mito da genialidade e síndrome do impostor
O mito da genialidade e a síndrome do impostor são fenômenos mais comuns do que você possa imaginar. Estão presentes nas relações sociais do contexto acadêmico. Sabe aquele seu colega da última fase que insiste em te dizer que tudo o que ele faz é sempre melhor e mais difícil? Mesmo sabendo que você faz parte de um universo social no qual não te permitiu ter suporte para conseguir acompanhar os conteúdos da aula? Isso tem nome: é o mito da genialidade. É o que te faz sentir incapaz. Essa situação não te deixa compreender que a pessoa que te oprime é parte de um mundo no qual existem caminhos mais fáceis para ela chegar mais longe do que você, ou seja, os privilégios sociais. Isso faz com que você acredite que a pessoa seja sempre o melhor, mais inteligente e mais capaz. A síndrome do impostor é uma consequência do convívio com esse “alune brilhante” e está diretamente ligada a essa situação, mesmo que aconteça de forma invisível, ela reforça todas as diferenças imaginadas. Cria um abismo entre as pessoas com menos privilégios sociais, como: a população indigena, alunes periféricos e os que têm os seus corpos marcados pelas diferenças. Esses se sentem como impostores sociais. E esse jogo de poder é um sintoma que ilustra as relações hierárquicas no ambiente acadêmico.
